sexta-feira, 22 de junho de 2012

Prefácio



 — Já tomou sua decisão? — perguntou a voz que vinha de lugar nenhum.
Então me vi no alto de um morro, olhando para a batalha que ocorria próxima à mim. Eu estava vestida e armada para a batalha violenta que eu mesma causei. Aquilo não me deixou surpresa.
— Os homens são maus — começou a voz que vinha de todos os lugares. — É tudo o que eles são. A sua natureza é gananciosa, perversa. Merecem a morte. Merecem a Guerra.
Eu sorri para o sangue e a ferocidade daquela cena.
— Os homens são mentirosos — retrucou a voz que vinha de lugar nenhum.
Tudo mudou.
Eu ainda estava no alto do mesmo morro, mas dessa vez eu olhava para uma mul-tidão de pessoas alegres. Eu era a Líder delas, elas me seguiam incontestavelmente. Em suas testas e mãos direitas havia uma marca. A minha marca.
Eu enganava aquelas pessoas, sabia disso. Me divertia com aquilo.
Aquela era a paz. A minha paz. A paz que traria a destruição, mas eles não preci-savam saber daquilo.
— Eles merecem ser enganados, e depois destruídos. Merecem pagar na mesma moeda. Merecem a destruição, a Paz.
Novamente tudo aquilo sumiu, e eu voltei ao normal.
— Decida — as duas vozes ecoaram. — Decida.
Pensei no que estava acontecendo, e em como tinham tirado de mim uma pessoa que eu amava muito.
Sim, eu iria pagar na mesma moeda.
A decisão estava em minhas mãos enraivecidas.





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